“E ele lhes respondeu: Por causa da pequenez da vossa fé.
Pois em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a
este monte: Passa daqui para acolá, e ele passará. Nada vos será impossível.” Mt
17:20
INTRODUÇÃO
Não
existe desafio maior para qualquer homem ou mulher de Deus que se disponha a
escrever sobre qualquer tema bíblico do que escrever sobre fé.
Tudo no
mundo espiritual gira em torno da fé. A bíblia em todos os seus contextos volta
sua atenção para a dinâmica da fé.
Como
então eu poderia deixar de falar de um tema tão importante e necessário para a
nossa vida? A nossa salvação só vem através da fé. Os milagres só acontecem por
causa da fé. O justo só viverá se for através da fé. E a justiça de Deus se
manifesta na nossa vida é de fé em fé.
Judas
(irmão de Tiago) quando decidiu escrever a sua única Carta estava disposto a
falar sobre a salvação, mas o Espírito Santo o impeliu a deixar o efeito de
lado e trabalhar a causa. Não existe salvação se não for através da fé.
“Amados, embora estivesse muito ansioso por lhes escrever
acerca da salvação que compartilhamos, senti que era necessário escrever-lhes
insistindo que batalhassem pela fé de uma vez por todas confiada aos santos.”
Jd 3
A maior guerra que passamos na nossa caminhada
cristã é para mantermos a fé.
Perder a fé significa perder a salvação,
deixar de ver os milagres, perder a vida que Deus preparou para nós.
Para mantermos a fé é preciso travarmos uma
luta diária, pois a fé é a fonte da salvação, dos milagres, das grandes coisas
que Deus tem para nós neste mundo e no vindouro.
“Sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem dele se aproxima precisa crer que ele existe e
que recompensa aqueles que o buscam.” Hb
11:6
Uma vida que agrada a Deus é uma vida de fé.
E quem tem fé sempre andará em conquistas.
CAPÍTULO 1
FÉ – PRINCÍPIO DO REINO
“E dizia: A que assemelharemos o reino de Deus? ou com que
parábola o representaremos? É como um grão de mostarda, que, quando se semeia
na terra, é a menor de todas as sementes que há na terra, mas, tendo sido
semeado, cresce; e faz-se a maior de todas as hortaliças, e cria grandes ramos,
de tal maneira que as aves do céu podem aninhar-se debaixo da sua sombra.” Mc
4:30-32.
Jesus sempre fazia surpresas ao povo. Como
devia ser maravilhoso ouvir as palavras de Jesus e tentar entender suas
comparações.
Todos ficavam maravilhados com seus
ensinamentos, mas nem todos os entendiam.
Quando Jesus buscou algo para que pudesse
comparar o reino de Deus Ele usou o grão de mostarda. A prova de que Deus não
ignora as coisas que nós consideramos insignificantes.
Havia em Israel naquela época um ditado sobre
o grão de mostarda. Por ser a menor semente que existia, medindo cerca de meio
milímetro, quando alguém queria se referir a algo insignificante ele dizia: “é
pequeno como um grão de mostarda!”.
Os profetas haviam anunciado a vinda do
Messias, os sacerdotes oravam pela vinda do Messias, e o povo ansiava pela
chegada do Messias, mas o povo queria um reino terreno, uma libertação terrena,
e um governo terreno.
Quando Jesus se apresentou como o Messias,
ele não trouxe um reino terreno e sim um reino espiritual, ele não ensinou
princípios terrenos e sim espirituais. Para quem estava com uma expectativa
terrena ouvir falar de um reino espiritual realmente seria insignificante, insignificante
como um grão de mostarda.
Essa questão da significância para Deus é de
extrema importância para que possamos aprender mais sobre fé. Porque os valores
de Deus não se baseiam nos valores humanos. Deus não considera significante ou
importante somente aquilo que o sistema de valores humanos definem como sendo
importantes ou significantes.
Deus é capaz de curar uma dor de cabeça,
assim como cura um câncer. Ele é capaz de resolver um problema financeiro de
centavos a milhões. A maneira que Deus valoriza as coisas é muito diferente da
maneira que nós valorizamos. E se não conseguirmos enxergar da maneira que Deus
enxerga, nunca viveremos a verdadeira fé.
O Reino de Deus se inicia na fé, se consolida
na fé e tem os seus valores baseados na fé. A fé é o maior princípio do Reino
de Deus, pois só se entra e só se vive no Reino de Deus pela fé.
Muitas vezes não oramos a respeito de um
problema e passamos a vida toda sendo afligidos pela mesma dificuldade por
acharmos que Deus não nos ouvirá. Muitas pessoas acham que Deus tem problemas
maiores no mundo para resolver do que olhar para seu insignificante problema.
Desconsiderar suas dificuldades ou problemas,
ou dores por achar que Deus não responderá por ser algo insignificante é o
maior erro que alguém pode cometer, pois essa atitude anula a fé que gera as
ações de Deus na nossa vida.
Tudo o que acontece na nossa vida é gerado
pela fé. Essa fé vem de uma justa esperança que devemos ter no nome de Jesus. “E o seu nome será a esperança do mundo
inteiro" Mt 12:21 (Bíblia Viva)
CAPÍTULO 2
ESPERANÇA: SEMENTE DE
FÉ OU DE MEDO
“Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos.” Hb 11:1 (Grifo Meu).
Todos
nós temos esperanças. Esperança de dias melhores, esperança de salvação,
esperança da volta de Jesus, esperança de um aumento salarial, esperança de
casar e muitas outras. A esperança sempre será a base da nossa fé, e a fé
sempre determinará o cumprimento da nossa esperança.
A
esperança é tão forte quanto à fé, por isso temos que ter muito cuidado com o
que esperamos.
“Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes
três; porém o maior destes é o amor.” 1 Co 13:13
“Lembramos
continuamente, diante de nosso Deus e Pai, o que vocês têm demonstrado: o
trabalho que resulta da fé, o
esforço motivado pelo amor e a perseverança
proveniente da esperança em nosso
Senhor Jesus Cristo.” 1 Ts 1:3
(Grifo meu).
Vemos como a fé, e a esperança caminham
sempre juntas e como cooperam entre si, e vemos também como a esperança é um
fator decisivo para operacionalizar a fé.
Por isso temos que cuidar muito bem da nossa mente
para que a esperança que temos não seja de medo, mas sim de fé.
A esperança se não for bem direcionada poderá
acabar com nossa vida, pois a esperança sempre aponta para o futuro. Não
esperamos nada que está acontecendo agora, mas geramos no presente o futuro que
queremos.
Entenda isso: A esperança gera o nosso futuro.
Se deixarmos isso entrar no seu coração agora
e conseguir compreender com seu entendimento o quanto isso é importante, você
começará a gerenciar sua esperança.
Duas coisas que devemos aprender
urgentemente:
1º - O que vivemos hoje foi gerado no
passado. Não podemos mudar nosso passado, mas podemos perfeitamente gerar um
futuro diferente.
2º - A situação que vivemos hoje não é
permanente. Ela pode ser alterada a qualquer momento. Tudo dependerá do que esperamos
para o amanhã.
Jó vivia uma vida totalmente abençoada, cheia
de regalias e ele temia a Deus. Era um homem que havia reconhecido a Deus em
seus caminhos e que tinha o favor de Deus sobre si.
Mas Jó não vigiou sua esperança e deixou
entrar no seu coração uma esperança que semeou o medo.
O medo é esperança. Só que é uma esperança de
algo que não queremos que aconteça, mas como há a possibilidade de acontecer nos
sentimos inseguros com aquilo.
Por ser esperança, o medo também gera o nosso
futuro. O medo gerou o futuro de Jó.
“Aquilo
que temo me sobrevém, e o que receio me acontece.” Jó 3:25
O medo é capaz de criar pesadelos. Jó tinha
tudo, mas deixou gerar uma esperança contrária a promessa de uma vida abundante
de Deus.
Tudo o que esperamos é gerado no espírito e
move o mundo para que aquilo sobrevenha a nós.
Quando esperamos algo bom, geramos algo bom.
Quando esperamos algo ruim, vamos gerar algo ruim. Muitas vezes me deparei com
pessoas que tinham parentes ou amigos no leito de um hospital em situações
críticas e o que ouvia deles era uma esperança de morte. Todos diziam que havia
chegado a hora e que era melhor se preparar para o pior. Na maioria das vezes o
resultado realmente era a morte.
Romanos capítulo 5, versículo 5 diz que a
“esperança não nos decepciona”. Realmente ela cumpre o que queremos. Se a nossa
esperança é semente de fé, ela cumprirá o que queremos, mas se for semente de
medo, ela cumprirá o que não queremos.
Nesse ponto temos que vigiar constantemente
nosso coração a respeito do que esperamos porque nunca viveremos sem esperança.
Lembre-se a esperança permanece sempre.
Não existe o argumento de ter perdido a
esperança. Na verdade o que acontece é que muitas vezes nós mudamos o foco da
nossa esperança.
Quando esperamos algo de Deus e aquele algo
demora acontecer a tendência é que mudemos o foco da nossa esperança. Ao invés
de esperarmos o bem, começamos a esperar o mal. Deixamos o medo invadir nosso
coração e provocamos um futuro diferente da promessa.
Lembre-se: Nós geramos para nossa vida tudo
aquilo que esperamos, seja bom ou seja ruim.
O maior problema muitas vezes é
identificarmos o que realmente estamos esperando. Uma maneira fácil de saber
qual é a esperança estamos gerando é monitorando os nossos pensamentos
identificando em que estamos dedicando nossa atenção e concentração.
Aquilo que ocupa minha mente é aquilo que eu
espero.
Para identificarmos se o que estamos esperando
é uma semente de fé ou uma semente de medo, é só observarmos que tipo de
sentimentos eu tenho quando penso em determinada situação.
Vou dar um exemplo: Se temos uma dívida
financeira e essa dívida constantemente ocupa a nossa mente, sendo que cada vez
que pensamos nela nos vem o medo de não conseguirmos pagar, ou uma angústia por
não sabermos onde conseguiremos os recursos para pagarmos essa dívida, a
semente dessa esperança é de medo e não de fé.
Como dissemos anteriormente, tanto nossas palavras como
nossos pensamentos possuem um poder criativo inigualável. Tudo o que deixamos
fazer parte dos nossos pensamentos, começa a ser criado pela nossa fé.
Jesus nos disse que não é o que entra no homem que o
contamina, mas o que sai, pois sai do seu coração, ou seja, sai dos seus
pensamentos, da sua mente. (Mt 15:11 e 18).
“E não murmureis, como também alguns deles murmuraram,
e pereceram pelo destruidor.” 1
Coríntios 10:10
A murmuração é a confirmação do medo. Ela é uma semente
de fracasso. Ela destrói a fé e gera tudo aquilo que não queremos que aconteça
em nossas vidas.
Toda vez que murmuramos trazemos a existência aquilo que
rejeitamos.
A murmuração é um reforço da esperança negativa. Nós
geramos aquilo que nos dedicamos em criar. O tempo que gastamos pensando ou
falando em algo mostrará sempre o que estamos criando.
Se pensamos em vitórias, criamos vitórias. Se pensarmos
em derrota, criamos derrota. Isso é inevitável. A murmuração faz com que
dediquemos nossa força de criação exatamente naquilo que tem nos desagradado.
Muitas vezes precisamos ir muito além da
esperança para gerarmos o futuro da promessa em nossos corações. Para isso
temos uma fé que vai muito além da esperança, e essa fé é capaz de mudar as
circunstâncias mesmo quando o medo tenta invadir nossa vida e os nossos olhos
não conseguem enxergar o futuro prometido.
CAPÍTULO
3
A FÉ QUE VAI ALÉM
“Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos.” Hb
11:1 (Grifo Meu).
“Porque não andamos pelo que vemos e sim pelo
que cremos” 2 Co 5:7
Toda
esperança passa pela prova do tempo. Esse tempo sempre será relativo. A
relatividade do tempo depende de vários fatores: a maturidade cristã, a
necessidade, a constância na oração, das palavras proferidas e os pensamentos
que temos durante a espera. Tudo contribui para a aprovação na espera.
Mas
existe algo muito maior e mais profundo que precisamos hoje entender sobre a
relatividade e a cooperação da esperança e da fé.
Aprendemos
no capítulo anterior que a esperança sempre aponta para o futuro. Já a fé
sempre aponta para o presente.
Entenda:
A esperança gera o futuro. A fé traz o
futuro para o presente. A fé é capaz de buscar o
futuro ainda inexistente gerado pela esperança e trazê-lo para o hoje, para o
agora.
“Portanto, é pela fé, para que seja segundo a graça, a fim
de que a promessa seja firme a toda a posteridade, não somente à que é da lei,
mas também à que é da fé que teve Abraão, o qual é pai de todos nós, (Como está
escrito: Por pai de muitas nações te constituí) perante aquele no qual creu, a
saber, Deus, o qual vivifica os mortos, e chama
as coisas que não são como se já fossem. O qual, em esperança, creu contra
a esperança, tanto que ele tornou-se pai de muitas nações, conforme o que lhe
fora dito: Assim será a tua descendência.” Rm 4:16-18 (Grifo Meu).
Essa é fé que Deus quer que tenhamos. A fé idêntica a sua fé,
capaz de gerar coisas onde não existe nada.
Agora podemos compreender os dois níveis de fé que a bíblia nos
menciona em Hebreus 11:1.
O primeiro nível é uma fé que nos dá a certeza das coisas que
esperamos, ou seja, ela chama para o hoje aquilo que estamos esperando,
sonhando, almejando receber de Deus.
Essa certeza traz para o hoje a esperança do futuro. E mesmo que
ele não se materialize hoje, temos a plena convicção de que já recebemos de
Deus aquilo que estamos esperando.
Essa fé move o futuro para o presente e revela que já o recebemos
mesmo sem o termos, mas a partir de
então vivemos como se o tivéssemos. Temos a certeza de que já recebemos
de Deus.
Todo futuro gerado na fé se torna
presente no nosso espírito e real no mundo.
O segundo nível de fé nos dá a prova das coisas que não vemos. É a
fé que vai além. Além do que vemos e muitas vezes além do que esperamos.
Preste muita atenção nisto! Muitas vezes nossa esperança torna-se
contrária a promessa de Deus para nossa vida. Não conseguimos mais enxergar de
uma maneira natural a resposta favorável e o futuro prometido por Deus, assim
precisamos fazer nascer em nós um outro tipo de esperança. Uma esperança
firmada simplesmente na palavra de Deus, contrária à esperança gerada pelas
circunstâncias.
“O
qual, em esperança, creu contra a esperança, tanto que ele
tornou-se pai de muitas nações, conforme o que lhe fora dito: Assim será a tua
descendência.” Rm 4:18 (Grifo meu).
Essa
esperança segue uma ordem inversa do natural. Essa esperança é gerada pela
própria fé. O coração se enche tanto de fé que é capaz de gerar uma nova
esperança contrária a esperança da derrota.
Só há
uma maneira de se gerar essa fé: através da palavra de Deus.
“De sorte que a
fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus.” Rm 10:7
Só conseguiremos viver completamente pela fé se vivermos
completamente pela palavra de Deus.
O que fez Abraão ter uma esperança contrária a própria
esperança foi uma palavra direta de Deus para a sua vida. A promessa de Deus
nunca perde a validade.
Por mais que dure a prova do tempo, nunca olhe para as
circunstâncias. Baseie-se na palavra de Deus e deixe-se ser cheio de fé. A fé
que vai além, que é capaz de fazer o impossível, de romper cadeias, de gerar
milagres, de anular o medo.
A prova do tempo irá testar suas palavras, suas
confissões e seus pensamentos. A boca sempre falará do que nosso coração
estiver cheio. Lembre-se que a palavra tem um poder criativo inigualável, e
nossos pensamentos são feitos exclusivamente de palavras.
Quando sua mente se encher de esperança do cumprimento da
palavra de Deus que gerou a fé no seu coração, seu futuro de chamará hoje e seu
porvir se chamará agora. Esta é a vontade de Deus para nossas vidas, que nos
enchamos de esperança e vivamos por fé confessando em todo tempo aquilo que sua
palavra nos prometeu.
“Retenhamos pois
firmemente a confissão da nossa esperança, sem vacilar, pois fiel é o que nos
fez a promessa.” Hb 10:23
CAPÍTULO 4
MEU GRÃO DE MOSTARDA
O maior erro que alguém pode cometer é basear sua fé nos
seus sentimentos. Alguns acham que ter fé é pedir algo a Deus e depois
esquecer, pois se ficar lembrando o tempo todo significa que não estão crendo.
E outros acham que a sua fé é pequena, por isso não conseguem nada. Pois não
conseguem sentir fé.
Tudo isso é ilusão. Para que a palavra de Deus se cumpra
nas nossas vidas não precisamos sentir que temos fé, ou andar pensando que
podemos receber algo de Deus ou lutando contra uma esperança negativa.
Tudo o que precisamos é crer na fé que temos. Isso mesmo.
Temos que crer que temos fé e que essa fé é suficiente para realizar todas as
obras que Jesus prometeu que faríamos. Inclusive obras maiores que as que Ele
realizou aqui na terra.
“Na verdade, na
verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e
as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai.” Jo 14:12
Então temos duas coisas importantes para aprender agora.
Primeiro: o fato não é ter uma fé grande ou pequena, e sim o fato de ter ou não
ter fé.
“E ele lhes respondeu: Por causa da pequenez da vossa fé. Pois em verdade vos digo que, se
tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a
este monte: Passa daqui para acolá, e ele passará. Nada vos será impossível.” Mt
17:20 (Grifo meu).
A tradicional versão inglesa King James da bíblia diz
assim:
“And Jesus said unto them, Because
of your unbelief: for verily I say unto you, If ye have faith as a grain of
mustard seed, ye shall say unto this mountain, Remove hence to yonder place;
and it shall remove; and nothing shall be impossible unto you.” Mt 17:20
A palavra grega aqui é “apaistia” que significa “incredulidade”, bem traduzida na versão
inglesa.
O que Jesus quis deixar bem exposto aos seus discípulos
que não importa o tamanho da fé de cada um, importa sim o ter ou não ter fé.
Em outra situação os discípulos de Jesus em conflito com
a fé disseram a Ele: “Senhor:
"Aumenta a nossa fé!". Ele respondeu: "Se vocês tiverem fé do
tamanho de uma semente de mostarda, poderão dizer a esta amoreira: ‘Arranque-se
e plante-se no mar’, e ela lhes obedecerá.” Lc 17:5 e 6
Mais uma vez Jesus provou que não é o fato de ter uma fé
grande ou uma fé pequena, mas o fato de ter ou não ter fé que gera os milagres
de Deus em nossa vida.
Podemos achar que a nossa fé é muito pequena ou que ela é
insignificante, mas a bíblia diz que o tamanho da nossa fé é o suficiente para
realizarmos obras maiores que ele realizou.
Esse é o segundo fato que devemos aprender sobre nossa
fé: “A fé sem obras é morta!” Tiago
2:26.
Não há fé se não for consubstanciada com obras. As obras
são a materialização da fé. As obras são a concretização da esperança.
Jesus disse que haveria obras, sinais que seguiriam
aqueles que cressem nele.
“Estes sinais acompanharão os que crerem: em meu nome
expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se beberem
algum veneno mortal, não lhes fará mal nenhum; imporão as mãos sobre os
doentes, e estes ficarão curados". Mc 16:17e18
Deus quer que realizemos a sua obra, e só
podemos realizá-la através da fé. A fé que ele mesmo nos deu para produzirmos
suas obras.
“Pois pela graça que
me foi dada digo a todos vocês: ninguém tenha de si mesmo um conceito mais
elevado do que deve ter; mas, pelo contrário, tenha um conceito equilibrado, de acordo com a medida da fé que Deus lhe
concedeu.” Rm 12:3 (Grifo meu).
Deus não só quer que façamos sua obra como nos deu a fé
necessária para as realizarmos.
Não importa o quão grande ou quão pequena ela seja, ela é
suficiente para podermos fazer tudo que Deus nos mandar fazer, e a recebermos
tudo o que precisarmos.
Existem três passos para que nosso grão de mostarda,
nossa fé possa ser bem sucedida. Pedir, crer e receber.
“E, tudo o que pedirdes na oração, crendo, o recebereis.” Mateus 21:22
“Por isso vos digo que todas as coisas
que pedirdes, orando, crede receber, e tê-las-eis.”Marcos 11:24
“E naquele dia nada me perguntareis. Na
verdade, na verdade vos digo que tudo quanto pedirdes a meu Pai, em meu nome, ele vo-lo há de dar.” João 16:23
“Não me escolhestes vós a mim, mas eu
vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto
permaneça; a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda. João
15:16
O segredo para utilizar nossa fé está nesses três passos.
1 – Pedir
Nosso pedido deve ser claro, objetivo, com um propósito
definido e direcionado a Deus. Não podemos simplesmente desejar algo, devemos
pedir o que queremos a Deus. Além disso nós devemos especificar para Deus
porque queremos determinada coisa. Todo nosso pedido deve ter um fim proveitoso
para Deus.
“Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para o
gastardes em vossos deleites.” Tiago
4:3
Nosso deleite significa estar fora dos propósitos
de Deus. O que está fora dos propósitos de Deus é o que está fora da sua
palavra. Toda vontade de Deus está explícita na sua palavra.
Ele quer que comamos o melhor dessa
terra (Is 1:19), Ele quer que tenhamos abundância (Jo 10:10), quer que enriqueçamos
(2 Co 8:9), quer que tenhamos saúde (Is 53:4), ou seja, tudo o que é de melhor
dessa terra Deus quer para nós, porém Ele quer que tenhamos um propósito
correto para tudo o que pedirmos.
2 –
Crer
“Portanto, eu lhes digo: tudo o que
vocês pedirem em oração, creiam que já o
receberam, e assim lhes sucederá.” Marcos
11:24
Essa parte é fundamental aprendermos, pois não devemos
crer que vamos receber. Devemos crer que já recebemos.
Devemos nos lembrar que a esperança gera o futuro, mas a
fé traz o futuro para o presente.
Crer é a operação da fé. Crer é ter certeza que aquilo
que que sua esperança projetou, sua fé já gerou e já existe, mesmo que ainda
não tenha se manifestado no mundo físico, já existe no mundo espiritual e já é
nosso.
“Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o
qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em
Cristo.” Efésios
1:3
A bíblia é muito claro nesse ponto. Deus
já nos abençoou. Já temos tudo o que precisamos, queremos, pensamos ou
esperamos. Já nos pertence. A esperança, projeta, a fé gera e o faz real, mas
só se manifestará no mundo físico se crermos.
Esse segundo passo é essencial no
processo, pois a prova do tempo pode gerar dúvidas sobre a realização do
pedido, mas a dúvida, é esperança do medo, que atraí a murmuração, que gera
fracasso.
“Peça-a,
porém, com fé, em nada duvidando; porque o que duvida é semelhante à onda do
mar, que é levada pelo vento, e lançada de uma para outra parte. Não
pense tal homem que receberá do Senhor alguma coisa.” Tiago 1: 6 e 7.
3 –
Receber
Essa é a parte que todos gostam, mas que
muitos não conseguem. Muitas vezes conseguimos ir até o segundo passo, mas não
alcançamos o terceiro. Temos que nos permitir receber de Deus o que pedimos e
cremos. Muitas pessoas pede, crêem, mas no final, deixar surgir sentimentos que
impedem que ela receba o que pediu. Às vezes nos achamos incapacitados para
recebermos o que pedimos, ou achamos que não o merecemos.
Devemos permitir que aquilo que pedimos
e cremos chegue até nós materialmente.
CONCLUSÃO
Os padrões do mundo não são os padrões de Deus. Deus
considera o que achamos muitas vezes insignificante e desprezível. Ele não muda
seus princípios por nossa causa, pelo contrário, Ele nos molda para que
entremos no seu reino e vivamos o melhor que ele tem para nós de acordo com sua
vontade.
Deus não nos que pobres, nem sofrendo. Ele quer que
usemos aquilo que Ele já nos deu, já nos entregou, já plantou em nós, o nosso
grão de mostarda para manifestar suas obras, as suas maravilhas nesta terra.
Crer é um exercício. Realizar as obras maiores que Jesus
prometeu é um desafio a cada dia pra quem resolve usar seu grão de mostarda, a
sua fé, e se aventurar nesse mundo de viver o impossível.
Que a partir de hoje rompamos os limites da
incredulidade, da dúvida e da incerteza e vivamos uma vida cheia das maravilhas
de Deus crendo que Ele é fiel para cumprir suas promessas. Além do mais, aqueles
que deixam esse grão de mostarda brotar, crescer e dar frutos torna-se um
participante do Reino de Deus e Ele mesmo dá o crescimento necessário pra
gerarmos frutos de justiça para glória Dele.
Seja bem vindo ao maravilhoso mundo da fé e use com intensidade
o seu grão de mostarda.

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