sábado, 1 de janeiro de 2011

Meu Grão de Mostarda - O Segredo da fé!





E ele lhes respondeu: Por causa da pequenez da vossa fé. Pois em verdade vos digo que, se tiverdes  como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele passará. Nada vos será impossível.” Mt 17:20




INTRODUÇÃO

Não existe desafio maior para qualquer homem ou mulher de Deus que se disponha a escrever sobre qualquer tema bíblico do que escrever sobre fé.
Tudo no mundo espiritual gira em torno da fé. A bíblia em todos os seus contextos volta sua atenção para a dinâmica da fé.
Como então eu poderia deixar de falar de um tema tão importante e necessário para a nossa vida? A nossa salvação só vem através da fé. Os milagres só acontecem por causa da fé. O justo só viverá se for através da fé. E a justiça de Deus se manifesta na nossa vida é de fé em fé.
Judas (irmão de Tiago) quando decidiu escrever a sua única Carta estava disposto a falar sobre a salvação, mas o Espírito Santo o impeliu a deixar o efeito de lado e trabalhar a causa. Não existe salvação se não for através da fé.
Amados, embora estivesse muito ansioso por lhes escrever acerca da salvação que compartilhamos, senti que era necessário escrever-lhes insistindo que batalhassem pela fé de uma vez por todas confiada aos santos.” Jd 3
A maior guerra que passamos na nossa caminhada cristã é para mantermos a fé.
Perder a fé significa perder a salvação, deixar de ver os milagres, perder a vida que Deus preparou para nós.
Para mantermos a fé é preciso travarmos uma luta diária, pois a fé é a fonte da salvação, dos milagres, das grandes coisas que Deus tem para nós neste mundo e no vindouro.
Sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem dele se aproxima precisa crer que ele existe e que recompensa aqueles que o buscam.” Hb 11:6

Uma vida que agrada a Deus é uma vida de fé. E quem tem fé sempre andará em conquistas.


  
CAPÍTULO 1

FÉ – PRINCÍPIO DO REINO

E dizia: A que assemelharemos o reino de Deus? ou com que parábola o representaremos? É como um grão de mostarda, que, quando se semeia na terra, é a menor de todas as sementes que há na terra, mas, tendo sido semeado, cresce; e faz-se a maior de todas as hortaliças, e cria grandes ramos, de tal maneira que as aves do céu podem aninhar-se debaixo da sua sombra.” Mc 4:30-32.
Jesus sempre fazia surpresas ao povo. Como devia ser maravilhoso ouvir as palavras de Jesus e tentar entender suas comparações.
Todos ficavam maravilhados com seus ensinamentos, mas nem todos os entendiam.
Quando Jesus buscou algo para que pudesse comparar o reino de Deus Ele usou o grão de mostarda. A prova de que Deus não ignora as coisas que nós consideramos insignificantes.
Havia em Israel naquela época um ditado sobre o grão de mostarda. Por ser a menor semente que existia, medindo cerca de meio milímetro, quando alguém queria se referir a algo insignificante ele dizia: “é pequeno como um grão de mostarda!”.
Os profetas haviam anunciado a vinda do Messias, os sacerdotes oravam pela vinda do Messias, e o povo ansiava pela chegada do Messias, mas o povo queria um reino terreno, uma libertação terrena, e um governo terreno.
Quando Jesus se apresentou como o Messias, ele não trouxe um reino terreno e sim um reino espiritual, ele não ensinou princípios terrenos e sim espirituais. Para quem estava com uma expectativa terrena ouvir falar de um reino espiritual realmente seria insignificante, insignificante como um grão de mostarda.
Essa questão da significância para Deus é de extrema importância para que possamos aprender mais sobre fé. Porque os valores de Deus não se baseiam nos valores humanos. Deus não considera significante ou importante somente aquilo que o sistema de valores humanos definem como sendo importantes ou significantes.
Deus é capaz de curar uma dor de cabeça, assim como cura um câncer. Ele é capaz de resolver um problema financeiro de centavos a milhões. A maneira que Deus valoriza as coisas é muito diferente da maneira que nós valorizamos. E se não conseguirmos enxergar da maneira que Deus enxerga, nunca viveremos a verdadeira fé.
O Reino de Deus se inicia na fé, se consolida na fé e tem os seus valores baseados na fé. A fé é o maior princípio do Reino de Deus, pois só se entra e só se vive no Reino de Deus pela fé.
Muitas vezes não oramos a respeito de um problema e passamos a vida toda sendo afligidos pela mesma dificuldade por acharmos que Deus não nos ouvirá. Muitas pessoas acham que Deus tem problemas maiores no mundo para resolver do que olhar para seu insignificante problema.
Desconsiderar suas dificuldades ou problemas, ou dores por achar que Deus não responderá por ser algo insignificante é o maior erro que alguém pode cometer, pois essa atitude anula a fé que gera as ações de Deus na nossa vida.
Tudo o que acontece na nossa vida é gerado pela fé. Essa fé vem de uma justa esperança que devemos ter no nome de Jesus. “E o seu nome será a esperança do mundo inteiro" Mt 12:21 (Bíblia Viva)


CAPÍTULO 2

ESPERANÇA: SEMENTE DE FÉ OU DE MEDO

Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos.” Hb 11:1 (Grifo Meu).

Todos nós temos esperanças. Esperança de dias melhores, esperança de salvação, esperança da volta de Jesus, esperança de um aumento salarial, esperança de casar e muitas outras. A esperança sempre será a base da nossa fé, e a fé sempre determinará o cumprimento da nossa esperança.
A esperança é tão forte quanto à fé, por isso temos que ter muito cuidado com o que esperamos.
Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor.” 1 Co 13:13
Lembramos continuamente, diante de nosso Deus e Pai, o que vocês têm demonstrado: o trabalho que resulta da , o esforço motivado pelo amor e a perseverança proveniente da esperança em nosso Senhor Jesus Cristo.” 1 Ts 1:3 (Grifo meu).

Vemos como a fé, e a esperança caminham sempre juntas e como cooperam entre si, e vemos também como a esperança é um fator decisivo para operacionalizar a fé.
Por isso temos que cuidar muito bem da nossa mente para que a esperança que temos não seja de medo, mas sim de fé.
A esperança se não for bem direcionada poderá acabar com nossa vida, pois a esperança sempre aponta para o futuro. Não esperamos nada que está acontecendo agora, mas geramos no presente o futuro que queremos.
Entenda isso: A esperança gera o nosso futuro.
Se deixarmos isso entrar no seu coração agora e conseguir compreender com seu entendimento o quanto isso é importante, você começará a gerenciar sua esperança.
Duas coisas que devemos aprender urgentemente:
1º - O que vivemos hoje foi gerado no passado. Não podemos mudar nosso passado, mas podemos perfeitamente gerar um futuro diferente.
2º - A situação que vivemos hoje não é permanente. Ela pode ser alterada a qualquer momento. Tudo dependerá do que esperamos para o amanhã.
Jó vivia uma vida totalmente abençoada, cheia de regalias e ele temia a Deus. Era um homem que havia reconhecido a Deus em seus caminhos e que tinha o favor de Deus sobre si.
Mas Jó não vigiou sua esperança e deixou entrar no seu coração uma esperança que semeou o medo.
O medo é esperança. Só que é uma esperança de algo que não queremos que aconteça, mas como há a possibilidade de acontecer nos sentimos inseguros com aquilo.
Por ser esperança, o medo também gera o nosso futuro. O medo gerou o futuro de Jó.
“Aquilo que temo me sobrevém, e o que receio me acontece.” Jó 3:25
O medo é capaz de criar pesadelos. Jó tinha tudo, mas deixou gerar uma esperança contrária a promessa de uma vida abundante de Deus.
Tudo o que esperamos é gerado no espírito e move o mundo para que aquilo sobrevenha a nós.
Quando esperamos algo bom, geramos algo bom. Quando esperamos algo ruim, vamos gerar algo ruim. Muitas vezes me deparei com pessoas que tinham parentes ou amigos no leito de um hospital em situações críticas e o que ouvia deles era uma esperança de morte. Todos diziam que havia chegado a hora e que era melhor se preparar para o pior. Na maioria das vezes o resultado realmente era a morte.
Romanos capítulo 5, versículo 5 diz que a “esperança não nos decepciona”. Realmente ela cumpre o que queremos. Se a nossa esperança é semente de fé, ela cumprirá o que queremos, mas se for semente de medo, ela cumprirá o que não queremos.
Nesse ponto temos que vigiar constantemente nosso coração a respeito do que esperamos porque nunca viveremos sem esperança. Lembre-se a esperança permanece sempre.
Não existe o argumento de ter perdido a esperança. Na verdade o que acontece é que muitas vezes nós mudamos o foco da nossa esperança.
Quando esperamos algo de Deus e aquele algo demora acontecer a tendência é que mudemos o foco da nossa esperança. Ao invés de esperarmos o bem, começamos a esperar o mal. Deixamos o medo invadir nosso coração e provocamos um futuro diferente da promessa.
Lembre-se: Nós geramos para nossa vida tudo aquilo que esperamos, seja bom ou seja ruim.
O maior problema muitas vezes é identificarmos o que realmente estamos esperando. Uma maneira fácil de saber qual é a esperança estamos gerando é monitorando os nossos pensamentos identificando em que estamos dedicando nossa atenção e concentração.
Aquilo que ocupa minha mente é aquilo que eu espero.
Para identificarmos se o que estamos esperando é uma semente de fé ou uma semente de medo, é só observarmos que tipo de sentimentos eu tenho quando penso em determinada situação.
Vou dar um exemplo: Se temos uma dívida financeira e essa dívida constantemente ocupa a nossa mente, sendo que cada vez que pensamos nela nos vem o medo de não conseguirmos pagar, ou uma angústia por não sabermos onde conseguiremos os recursos para pagarmos essa dívida, a semente dessa esperança é de medo e não de fé.
Como dissemos anteriormente, tanto nossas palavras como nossos pensamentos possuem um poder criativo inigualável. Tudo o que deixamos fazer parte dos nossos pensamentos, começa a ser criado pela nossa fé.
Jesus nos disse que não é o que entra no homem que o contamina, mas o que sai, pois sai do seu coração, ou seja, sai dos seus pensamentos, da sua mente. (Mt 15:11 e 18).

E não murmureis, como também alguns deles murmuraram, e pereceram pelo destruidor.” 1 Coríntios 10:10

A murmuração é a confirmação do medo. Ela é uma semente de fracasso. Ela destrói a fé e gera tudo aquilo que não queremos que aconteça em nossas vidas.
Toda vez que murmuramos trazemos a existência aquilo que rejeitamos.
A murmuração é um reforço da esperança negativa. Nós geramos aquilo que nos dedicamos em criar. O tempo que gastamos pensando ou falando em algo mostrará sempre o que estamos criando.
Se pensamos em vitórias, criamos vitórias. Se pensarmos em derrota, criamos derrota. Isso é inevitável. A murmuração faz com que dediquemos nossa força de criação exatamente naquilo que tem nos desagradado.

Muitas vezes precisamos ir muito além da esperança para gerarmos o futuro da promessa em nossos corações. Para isso temos uma fé que vai muito além da esperança, e essa fé é capaz de mudar as circunstâncias mesmo quando o medo tenta invadir nossa vida e os nossos olhos não conseguem enxergar o futuro prometido.


CAPÍTULO 3

A FÉ QUE VAI ALÉM

“Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos.” Hb 11:1 (Grifo Meu).
“Porque não andamos pelo que vemos e sim pelo que cremos” 2 Co 5:7

Toda esperança passa pela prova do tempo. Esse tempo sempre será relativo. A relatividade do tempo depende de vários fatores: a maturidade cristã, a necessidade, a constância na oração, das palavras proferidas e os pensamentos que temos durante a espera. Tudo contribui para a aprovação na espera.
Mas existe algo muito maior e mais profundo que precisamos hoje entender sobre a relatividade e a cooperação da esperança e da fé.
Aprendemos no capítulo anterior que a esperança sempre aponta para o futuro. Já a fé sempre aponta para o presente.
Entenda: A esperança gera o futuro. A fé traz o futuro para o presente. A fé é capaz de buscar o futuro ainda inexistente gerado pela esperança e trazê-lo para o hoje, para o agora.

Portanto, é pela fé, para que seja segundo a graça, a fim de que a promessa seja firme a toda a posteridade, não somente à que é da lei, mas também à que é da fé que teve Abraão, o qual é pai de todos nós, (Como está escrito: Por pai de muitas nações te constituí) perante aquele no qual creu, a saber, Deus, o qual vivifica os mortos, e chama as coisas que não são como se já fossem. O qual, em esperança, creu contra a esperança, tanto que ele tornou-se pai de muitas nações, conforme o que lhe fora dito: Assim será a tua descendência.” Rm 4:16-18 (Grifo Meu).
Essa é fé que Deus quer que tenhamos. A fé idêntica a sua fé, capaz de gerar coisas onde não existe nada.
Agora podemos compreender os dois níveis de fé que a bíblia nos menciona em Hebreus 11:1.
O primeiro nível é uma fé que nos dá a certeza das coisas que esperamos, ou seja, ela chama para o hoje aquilo que estamos esperando, sonhando, almejando receber de Deus.
Essa certeza traz para o hoje a esperança do futuro. E mesmo que ele não se materialize hoje, temos a plena convicção de que já recebemos de Deus aquilo que estamos esperando.
Essa fé move o futuro para o presente e revela que já o recebemos mesmo sem o termos, mas a partir de  então vivemos como se o tivéssemos. Temos a certeza de que já recebemos de Deus.
Todo futuro gerado na fé se torna presente no nosso espírito e real no mundo.
O segundo nível de fé nos dá a prova das coisas que não vemos. É a fé que vai além. Além do que vemos e muitas vezes além do que esperamos.
Preste muita atenção nisto! Muitas vezes nossa esperança torna-se contrária a promessa de Deus para nossa vida. Não conseguimos mais enxergar de uma maneira natural a resposta favorável e o futuro prometido por Deus, assim precisamos fazer nascer em nós um outro tipo de esperança. Uma esperança firmada simplesmente na palavra de Deus, contrária à esperança gerada pelas circunstâncias.
O qual, em esperança, creu contra a esperança, tanto que ele tornou-se pai de muitas nações, conforme o que lhe fora dito: Assim será a tua descendência.” Rm 4:18 (Grifo meu).
Essa esperança segue uma ordem inversa do natural. Essa esperança é gerada pela própria fé. O coração se enche tanto de fé que é capaz de gerar uma nova esperança contrária a esperança da derrota.
Só há uma maneira de se gerar essa fé: através da palavra de Deus.
De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus.” Rm 10:7
Só conseguiremos viver completamente pela fé se vivermos completamente pela palavra de Deus.
O que fez Abraão ter uma esperança contrária a própria esperança foi uma palavra direta de Deus para a sua vida. A promessa de Deus nunca perde a validade.
Por mais que dure a prova do tempo, nunca olhe para as circunstâncias. Baseie-se na palavra de Deus e deixe-se ser cheio de fé. A fé que vai além, que é capaz de fazer o impossível, de romper cadeias, de gerar milagres, de anular o medo.
A prova do tempo irá testar suas palavras, suas confissões e seus pensamentos. A boca sempre falará do que nosso coração estiver cheio. Lembre-se que a palavra tem um poder criativo inigualável, e nossos pensamentos são feitos exclusivamente de palavras.
Quando sua mente se encher de esperança do cumprimento da palavra de Deus que gerou a fé no seu coração, seu futuro de chamará hoje e seu porvir se chamará agora. Esta é a vontade de Deus para nossas vidas, que nos enchamos de esperança e vivamos por fé confessando em todo tempo aquilo que sua palavra nos prometeu.
“Retenhamos pois firmemente a confissão da nossa esperança, sem vacilar, pois fiel é o que nos fez a promessa.” Hb 10:23


CAPÍTULO 4

MEU GRÃO DE MOSTARDA

O maior erro que alguém pode cometer é basear sua fé nos seus sentimentos. Alguns acham que ter fé é pedir algo a Deus e depois esquecer, pois se ficar lembrando o tempo todo significa que não estão crendo. E outros acham que a sua fé é pequena, por isso não conseguem nada. Pois não conseguem sentir fé.
Tudo isso é ilusão. Para que a palavra de Deus se cumpra nas nossas vidas não precisamos sentir que temos fé, ou andar pensando que podemos receber algo de Deus ou lutando contra uma esperança negativa.
Tudo o que precisamos é crer na fé que temos. Isso mesmo. Temos que crer que temos fé e que essa fé é suficiente para realizar todas as obras que Jesus prometeu que faríamos. Inclusive obras maiores que as que Ele realizou aqui na terra.
“Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai.” Jo 14:12
Então temos duas coisas importantes para aprender agora. Primeiro: o fato não é ter uma fé grande ou pequena, e sim o fato de ter ou não ter fé.
E ele lhes respondeu: Por causa da pequenez da vossa fé. Pois em verdade vos digo que, se tiverdes  como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele passará. Nada vos será impossível.” Mt 17:20 (Grifo meu).
A tradicional versão inglesa King James da bíblia diz assim:
“And Jesus said unto them, Because of your unbelief: for verily I say unto you, If ye have faith as a grain of mustard seed, ye shall say unto this mountain, Remove hence to yonder place; and it shall remove; and nothing shall be impossible unto you.” Mt 17:20
A palavra grega aqui é “apaistia” que significa “incredulidade”, bem traduzida na versão inglesa.
O que Jesus quis deixar bem exposto aos seus discípulos que não importa o tamanho da fé de cada um, importa sim o ter ou não ter fé.
Em outra situação os discípulos de Jesus em conflito com a fé disseram a Ele: “Senhor: "Aumenta a nossa fé!". Ele respondeu: "Se vocês tiverem fé do tamanho de uma semente de mostarda, poderão dizer a esta amoreira: ‘Arranque-se e plante-se no mar’, e ela lhes obedecerá.” Lc 17:5 e 6
Mais uma vez Jesus provou que não é o fato de ter uma fé grande ou uma fé pequena, mas o fato de ter ou não ter fé que gera os milagres de Deus em nossa vida.
Podemos achar que a nossa fé é muito pequena ou que ela é insignificante, mas a bíblia diz que o tamanho da nossa fé é o suficiente para realizarmos obras maiores que ele realizou.
Esse é o segundo fato que devemos aprender sobre nossa fé: “A fé sem obras é morta!” Tiago 2:26.
Não há fé se não for consubstanciada com obras. As obras são a materialização da fé. As obras são a concretização da esperança.
Jesus disse que haveria obras, sinais que seguiriam aqueles que cressem nele.
“Estes sinais acompanharão os que crerem: em meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se beberem algum veneno mortal, não lhes fará mal nenhum; imporão as mãos sobre os doentes, e estes ficarão curados". Mc 16:17e18
Deus quer que realizemos a sua obra, e só podemos realizá-la através da fé. A fé que ele mesmo nos deu para produzirmos suas obras.
“Pois pela graça que me foi dada digo a todos vocês: ninguém tenha de si mesmo um conceito mais elevado do que deve ter; mas, pelo contrário, tenha um conceito equilibrado, de acordo com a medida da fé que Deus lhe concedeu.” Rm 12:3 (Grifo meu).
Deus não só quer que façamos sua obra como nos deu a fé necessária para as realizarmos.
Não importa o quão grande ou quão pequena ela seja, ela é suficiente para podermos fazer tudo que Deus nos mandar fazer, e a recebermos tudo o que precisarmos.
Existem três passos para que nosso grão de mostarda, nossa fé possa ser bem sucedida. Pedir, crer e receber.
E, tudo o que pedirdes na oração, crendo, o recebereis.” Mateus 21:22
“Por isso vos digo que todas as coisas que pedirdes, orando, crede receber, e tê-las-eis.”Marcos 11:24
“E naquele dia nada me perguntareis. Na verdade, na verdade vos digo que tudo quanto pedirdes a meu Pai, em meu nome, ele vo-lo há de dar.” João 16:23
“Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda. João 15:16
O segredo para utilizar nossa fé está nesses três passos.
1 – Pedir
Nosso pedido deve ser claro, objetivo, com um propósito definido e direcionado a Deus. Não podemos simplesmente desejar algo, devemos pedir o que queremos a Deus. Além disso nós devemos especificar para Deus porque queremos determinada coisa. Todo nosso pedido deve ter um fim proveitoso para Deus.
Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites.” Tiago 4:3
Nosso deleite significa estar fora dos propósitos de Deus. O que está fora dos propósitos de Deus é o que está fora da sua palavra. Toda vontade de Deus está explícita na sua palavra.
Ele quer que comamos o melhor dessa terra (Is 1:19), Ele quer que tenhamos abundância (Jo 10:10), quer que enriqueçamos (2 Co 8:9), quer que tenhamos saúde (Is 53:4), ou seja, tudo o que é de melhor dessa terra Deus quer para nós, porém Ele quer que tenhamos um propósito correto para tudo o que pedirmos.

2 – Crer
“Portanto, eu lhes digo: tudo o que vocês pedirem em oração, creiam que já o receberam, e assim lhes sucederá.” Marcos 11:24
Essa parte é fundamental aprendermos, pois não devemos crer que vamos receber. Devemos crer que já recebemos.
Devemos nos lembrar que a esperança gera o futuro, mas a fé traz o futuro para o presente.
Crer é a operação da fé. Crer é ter certeza que aquilo que que sua esperança projetou, sua fé já gerou e já existe, mesmo que ainda não tenha se manifestado no mundo físico, já existe no mundo espiritual e já é nosso.
Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo.” Efésios 1:3
A bíblia é muito claro nesse ponto. Deus já nos abençoou. Já temos tudo o que precisamos, queremos, pensamos ou esperamos. Já nos pertence. A esperança, projeta, a fé gera e o faz real, mas só se manifestará no mundo físico se crermos.
Esse segundo passo é essencial no processo, pois a prova do tempo pode gerar dúvidas sobre a realização do pedido, mas a dúvida, é esperança do medo, que atraí a murmuração, que gera fracasso.
“Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; porque o que duvida é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento, e lançada de uma para outra parte. Não pense tal homem que receberá do Senhor alguma coisa.” Tiago 1: 6 e 7.

3 – Receber

Essa é a parte que todos gostam, mas que muitos não conseguem. Muitas vezes conseguimos ir até o segundo passo, mas não alcançamos o terceiro. Temos que nos permitir receber de Deus o que pedimos e cremos. Muitas pessoas pede, crêem, mas no final, deixar surgir sentimentos que impedem que ela receba o que pediu. Às vezes nos achamos incapacitados para recebermos o que pedimos, ou achamos que não o merecemos.
Devemos permitir que aquilo que pedimos e cremos chegue até nós materialmente.


  
CONCLUSÃO

Os padrões do mundo não são os padrões de Deus. Deus considera o que achamos muitas vezes insignificante e desprezível. Ele não muda seus princípios por nossa causa, pelo contrário, Ele nos molda para que entremos no seu reino e vivamos o melhor que ele tem para nós de acordo com sua vontade.
Deus não nos que pobres, nem sofrendo. Ele quer que usemos aquilo que Ele já nos deu, já nos entregou, já plantou em nós, o nosso grão de mostarda para manifestar suas obras, as suas maravilhas nesta terra.
Crer é um exercício. Realizar as obras maiores que Jesus prometeu é um desafio a cada dia pra quem resolve usar seu grão de mostarda, a sua fé, e se aventurar nesse mundo de viver o impossível.
Que a partir de hoje rompamos os limites da incredulidade, da dúvida e da incerteza e vivamos uma vida cheia das maravilhas de Deus crendo que Ele é fiel para cumprir suas promessas. Além do mais, aqueles que deixam esse grão de mostarda brotar, crescer e dar frutos torna-se um participante do Reino de Deus e Ele mesmo dá o crescimento necessário pra gerarmos frutos de justiça para glória Dele.
Seja bem vindo ao maravilhoso mundo da fé e use com intensidade o seu grão de mostarda.

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