
Mas Deus prova o seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores. (Romanos 5:8)
Nos últimos anos tenho visto muitas frases elaboradas para auto-motivação, ou para que de certa forma impulsione a igreja a conquistar. Lembro-me de uma frase que é repetida várias vezes por vários ícones evangélicos que diz que "Deus não escolhe os capacitados, mas capacita os escolhidos", outra diz "não diga para Deus o tamanho dos seus problemas, mas diga para os seus problemas o tamanho do seu Deus", e assim vai.
O que mais tem sido publicado ultimamente são livros de auto-ajuda cristão, ou modelos administrativos de Jesus, como se Jesus tivesse sido um grande empresário. Nada disso me espanta mais.
A cada dia vemos mais e mais pessoas procurarem as igrejas em busca de salvação. Salvação de suas dívidas financeiras, salvação de seus casamentos fracassados, salvação de sua vida solitária, e as igrejas tem oferecido tudo isso de maneira abundante, forte e incontestável.
Desta forma, o evangelho que tem sido pregado tem se tornado um paliativo para as dores ou temores sociais, mas pouco se tem falado da condição real e incontestável da necessidade que o homem tem ser realmente salvo.
Lembro-me da mulher samaritana que tinha água todos os dias na fonte. Nunca lhe faltava água, sempre tinha um suprimento na fonte onde ela buscava para si e para sua família, até o dia em que um encontro com Jesus a fez perceber que havia uma água que não supriria só as suas necessidades temporais mas essa água jorraria para a vida eterna!
Muitas igrejas hoje tem se utilizado desses paliativos para manter o povo e crescer em números mas não os adverte quanto à real situação da humanidade. A certeza da morte a cada dia se torna mais incerta. O avanço da medicina tem aumentado a cada dia a expectativa de vida das pessoas, fazendo com que as pessoas não vejam mais motivo em pensar na vida eterna.
O câncer já não assusta mais como antes, a AIDS também não, a corrupção e a ganância de muitos homens e mulheres de Deus tem tirado a credibilidade da pregação da palavra da verdade que na maioria das vezes tem sido deturpadas com entendimentos "equivocados" e revelações "privilegiadas" que não traduzem a vontade de Deus, nem dela se aproximam. Mas algumas dessas atitudes tem desviado o povo do caminho estreito, fazendo-os se deleitar no largo caminho que infelizmente não conduz ao céu. Pastores que apascentam a si mesmos!
A verdade do evangelho deve sempre traduzir essa grande relação descrita em Romanos 5:8 - O amor de Deus, o sacrifício de Jesus e a condição humana.
Qualquer evangelho que pregue mais a terra do que o céu, não é evangelho.
A condição humana de afastamento de Deus e sua necessidade de reconciliação é muito maior e mais poderosa que a capacidade do homem em ganhar dinheiro ou ser curado.
Deus não mede nossa espiritualidade pela nossa conta bancária, nem por nossa condição física. Nossa espiritualidade é medida pela nossa obediência.
A bíblia alerta que é melhor entrarmos no céu sem uma mão ou um olho que nos faz pecar. Mas é impossível entrar no céu sem um coração. Onde está o nosso coração ali está o nosso tesouro.
A quem muito perdoa muito se ama, e Deus provou seu amor por nós quando ainda éramos pecadores!
Que possamos a cada dia mergulhar nesse amor que é muito mais precioso que prata e ouro, que riquezas e bens. Este é o único evangelho verdadeiro. Temos um céu a nos esperar!
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